AMIZADE
Se te procuro à ausência que fazes
E finjes que és a pessoa pretensa
Que outrora de maneira distensa
Se me tocou pelo toque dos ares
Mas se te vejo ir-te bem a longe
Com o desejo uma vez assumido
Não choras a falta do que unidos
Houve desde horas mais insones?
Posto que nem tudo se valida, sim?
As cortinas abrem-se em frenesim
Às leis do espetáculo da amizade!
Mas não vês a quem se apresenta,
Rompem-se estas leis e, à sarjeta,
Calha irresurreta a alteridade!