PAI (mea culpa)

Lembro, muito bem, a saudade amarga

Que me açoitava com tua ausência,

Minha mãe afagava:” tenha paciência,

Ele foi buscar pão... ele não tarda”.

E os dias, assim, sucessivamente,

Muto vazios sem a tua presença

Via, em ti, pai, o fel da mal querência,

Não entendia por que estava ausente.

Hoje sinto dor maior e inclemente,

Trabalhando longe da morada,

Sinto-me extremamente carente:

Vem a dupla tristeza, que me esvai:

Longe do filho e da mulher amada...

Tua dor era maior que a minha, pai!

OSWALDO DE SOUZA
Enviado por OSWALDO DE SOUZA em 02/11/2021
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