PAI (mea culpa)
Lembro, muito bem, a saudade amarga
Que me açoitava com tua ausência,
Minha mãe afagava:” tenha paciência,
Ele foi buscar pão... ele não tarda”.
E os dias, assim, sucessivamente,
Muto vazios sem a tua presença
Via, em ti, pai, o fel da mal querência,
Não entendia por que estava ausente.
Hoje sinto dor maior e inclemente,
Trabalhando longe da morada,
Sinto-me extremamente carente:
Vem a dupla tristeza, que me esvai:
Longe do filho e da mulher amada...
Tua dor era maior que a minha, pai!