BENDITO SONO QUE ALIMENTA TUA MEIGUICE

Alguém dormindo [...]

Alguém cuja fadiga angustiosa

Cedeu ao sono [...] e exausto dorme...

Tinhas tu coragem de acordá-lo?

[Guimarães Passos]

Bendito sono que alimenta tua meiguice

Gentil marido adormecido em cada traço,

Velar-te desse jeito é quase uma sandice

E nos suspiros desse amor eu me desfaço.

Tamanha formosura, não! Ninguém me disse...

Amado amante descansando nos meus braços!

Não querer-te e não amar-te é loucura, é tolice,

É assinar meu atestado frouxo de fracasso.

E assim me cubro com teus desejos e encantos,

Seguindo na cadência plena desse rito...

Os meus olhos se desmancham em doces prantos

E não há momento mais sublime e mais bonito!

Ó, querido, os meus amores por ti são tantos,

Que superam, sim, as medidas do infinito!

Alessa B
Enviado por Alessa B em 31/10/2021
Reeditado em 31/10/2021
Código do texto: T7375654
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