ESPECTRAL
Resolvi por um tempo e vou ser, só letras
Ser palavra posta, disposta ao vento,
Desenhada, atirada em papel branco, pra voar!
Ser apenas uma pena leve ao vento
Viajar em ares de bons pensamentos
Partir para o alto, abaixo das serras
Campear matas, terras, chão e mar!
Ser imaginação viva, ação e versos
Deixar que deduzam meus motes reversos
Vendo aquilo que vejo, sem precisar pintar!
Poemas lidos, de amor sem figuras
Sem verdes, sem flores expostas,
Sem chuva caindo, sem pingos dissipando-se
Sem o colorido vivo da fantasia do arco íris
Belezas apenas imaginadas, só de ver passar!
Imaginem comigo então, passarinhos tantos
Num lindo dia de sol nascente na serra
Voando num céu azul com nuvens branquinhas
Flor, outras flores, jardins sobre tons e fartos
Borboletas dançando nesse céu, embelezando ar!
Ou então uma noite chegando pós arrebol
Uma lua gigante parecendo triscar a terra
Varrendo o chão com uma vassoura gigante de prata
Indo..., e atravessando-se numa suave cascata
Refletindo ali, o brilho das estrelas, a gotejar!
Espero que gostem desse meu poema, sem imagens
A poesia que meu coração escreveu, a alma desenhou
A visão de mundo que eu gostaria de ver para todo sempre
A maravilha de Deus que desejaria, eternizar!
Porque...
""Uma vida sem amor
é como um livro sem letras;
Uma primavera sem flores;
Uma pintura sem cores!""
(Augusto Cury)