UM LIVRO ABERTO

Páginas, como eu gostaria de mantê-las

brancas e limpas, a salvo de rascunho,

para poder grafar de meu próprio punho

Todas as histórias que me fossem belas,

 

pontuando fatos em um vivo texto.

Ilusão! Pois sobre tantas linhas certas,

eu garatujo as minhas tramas mais modestas

de ideias presas sob o meu contexto.

 

Sábio seria sobre a areia escrever,

deixando as letras seguirem com o vento,

repaginando-se num poema concreto.

 

Onde as memórias, sobre si, ao discorrer

livres das amarras do meu pensamento,

reinariam nas folhas de um livro aberto.

 

Zaira Belintani
Enviado por Zaira Belintani em 29/10/2021
Reeditado em 06/03/2023
Código do texto: T7374432
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