Hiroshima sem rosa
Hiroshima sem rosa, sem vida, sem coração,
de poetas mortos na imaginação,
da loucura humana, na miséria de corações
dilacerados na pretensão da música sem ideação.
Triste na concepção da amada que partiu
sem tempo de ter saudade, de ser iludida,
na tensão recompensada no pensamento,
do monte enganado pelo que não foi.
Rosa de uma Hiroshima sem espírito,
metamorfopsicamente enfurecida
no cogumelo da loucura sem perdão.
Vermelha na afoiteza que leva para algum lugar
uma alma ferida no lume da inventividade
humana que destruiu sonhos e pecados não perdoados.