RESSUREIÇÃO
No dia em que eu morrer,
Deus me livre da Verdade!
Qual contos de Sherazade,
me leve ao adormecer.
Bem depois da meia idade,
pra ter muito a arrepender.
Mas sem cobrar vãos porquês…
Não terão mais validade!
Que um anjo boa praça
me receba co’uma taça,
no portal do paraíso.
E lá pelo quarto trago,
ao meu ouvido, um engasgo:
-Acorda! À vida é preciso!