De amor, assombros
O brilho astral do Sol, a luz da Lua
o vai e vem das ondas, um vulcão,
divinais campos Elíseos, o trovão,
não me maravilham mais que a boca tua
De bruços e rendida à minha mão
espalho-me em vós na pele nua
"Domina-me, fazei-me toda sua"
diz vosso olhar ardente, a vil paixão
Mas como um sonho, ou como pesadelo
desperto amargamente, o rosto em pranto
lembrando-me de ti, cruel flagelo:
O vosso nome ouço em todo o canto
espectro que amo e não debelo
fantasma que me assombra e quero tanto!
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Cesar Ferreira
22/10/2021