Soneto de girassol invisível
O dia amanhece e já começa a correria...
Abro a janela e ele galopa com o vento...
Já não controlo o meu tolo pensamento,
Que vai em busca duma gota de alegria...
Anda apressado, pois tem pressa de sorrir,
Segue o rastro dum minúsculo raio de sol.
Como se fora um belo e invisível girassol,
Num ritual que não se cansa em repetir...
E quando a estrela reluzente se esconde...
Como a tal flor que as suas pétalas recolhe,
Esse andarilho retorna lá de não sei onde...
Chega exaurido e inquieto das andanças...
E para repousar sob a realidade se encolhe
Até que a aurora lhe renove as esperanças.
Adriribeiro/@adri.poesias