Morada
Onde abriga a morada que vos trucidais d’um novo mundo?
Merchandising líquida do cansaço alheio repleto de vida,
se cansa, cansa os velcros, braguilha, lábios carnudos da verdade,
rebeldia desmiolada sendo canções inversas, outrora, imbróglios.
Beleza vitoriana circunspecta, páreo para corrida
da vida entre outros dourados anacrônicos.
Desvinculado ao sucesso: fracassei em não me doar;
Se não me doo, dou palavras a quem doer ouvidos conscientes.
E porções divinais de desejo ao eterno conta-gotas,
que fomenta a sede do prazer no mar de sofrimento.
Sirva-te do alheio, e alheio servirá a ti.
Tu que lamenta por sede,
e não bebe na fonte desconhecida,
sendo a desconhecida fonte a única.