ANACRONIA...
Na minha mente uma mistura estranha,
Entre o que é verdade ou mera invenção,
Sem saber a ordem, a linha ou a trama...
Qual impiedosa seca rachando o chão.
Murmúrios vindos de lá das entranhas,
Rasgando a alma sem pressa ou oração...
Prece que angústia em dor. Ou manha?
Em confundir o ser livre com a solidão.
Fim, meio ou começo. Parte ou todo...
Nada importa se o caminho já era torto,
Desde quando para ti assanhei o olhar.
Olhar! Foi pecado, crime sem corpo...
Desejo que quis viver nascendo morto
Louca paixão sem saber o que era amar.