Dóis sóis
 
Duas bolas brilhantes de um cáustico fogo
Queimando com ousadia, ternura e paixão
Meu olhar enternecido, dá-lhe ampla atenção
Por detrás das árvores, há um cessar do fogo.

Ele queima e não arde, apenas faz alarde
Para os imprevistos temporais dos tempos
Anunciam com os assovios as aves os ventos
Precauções minuciosas: atentos, aguardem...

A natureza muito nos diz, e nos vai anunciando
Com os movimentos de animais que se movem...
Conforme convém buscar as suas subsistências.

Eles sentem o perigo, já vivenciei isso observando
É só verificar quando a natureza fala e eles fogem
O sol se põe e brilha na água com a sua reverência.

 






Texto e imagem: Miriam carmignan