SONETO DE AMIGO

Quando dizes que me amas

Acredito que me amas como sou

Acredito que me abraças como estou

Mesmo em chamas

Quando me chamas de amigo

Deve ser porque me tens contigo

Deve ser porque ter-me à vista

Faz com que a alegria exista

Mas receio que seja engodo

Quando me prometes o todo

E me entregas a metade

Quando me carregas no peito como broche

Mas me tratas como estúpido fantoche

Da tua comodidade