O HOMEM VELHO
O homem velho, ainda vaidoso,
todo gabola vai ao compromisso.
Vestiu-se o terno de corte suiço
e para os pés, o cromo mais brilhoso.
É tanto amigo, há tanto um tanto omissos,
que o homem velho desfrutava em repouso.
Desses encontros, estava saudoso…
Sempre adiados, por aquilo ou isso!
Por seus cabelos, brancos e alinhados,
mãos percorrendo em carinhoso arado,
semeiam promessas. Torto improviso.
Já não havia remorso, medo ou dores.
Ali, deitado, em seu colchão de flores,
o homem velho mal disfarça o sorriso.