Soneto

Abandonado sem vida

Habitava um útero sem consciência

Um embrião esperando responsáveis

Sem saber que iria a falência

Por decisão de ambos miseráveis

Da mesma falsidade a sentença

Sem compaixão uma vida ameaçada

Mais um atentado contra a inocência

Que sem piedade seria abortada

Assim foi o crime de homicídio

Contra um feto carente de esperança

Cruelmente por adúlteros praticado

Ao partir no cilêncio a cobrança

Morreu sem nunca ter nascido

Abortada sem vida uma criança.

Joaquim Veríssimo Ferreira Filho
Enviado por Joaquim Veríssimo Ferreira Filho em 06/10/2021
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