O caminho do pecado
Sob visão turva d'um olhar molhado,
Vi, distante, os portões do submundo
Abrindo-se pra mim e lá fui fundo,
Permitindo-me seguir esse chamado.
A mão manchou de sangue mui imundo
E o meu caminho ficou enlamaçado.
Olhei pro céu sentindo envergonhado,
Mas pra isso aliviar pequei profundo.
Pelo pranto d'uma dor constante,
Soltei a mão de Deus e fui avante
Deixando-me cegar pela maldade.
Do sangue do pecado me sujando
Fui além, mais diante, mais pecando,
Assim perdendo a imortalidade.