Soneto de vida efêmera
Escorre o tempo como escoa a enxurrada
E segue espalhando tudo que está revolto
Num vendaval em cujo vento está envolto
As incompletudes e incertezas misturadas
Nada é, pois neste mundo tão inconstante
Tudo passa! E de repente já não está mais
Continuam os vivos a cumprir seus rituais
Porque o tempo resume-se num instante...
Na efêmera vida, curto espaço consciente,
Pensa o ser somente em ser, mas nunca é.
E vai assim enquanto o espírito está de pé
Com sorte chegará ao fim da sua jornada
Dignamente e acompanhado de afeições,
Para eternizar-se em cativados corações...
Adriribeiro/@adri.poesias