RESQUÍCIOS DA INFÂNCIA
Planícies, morros de minha infância
Que com saudades rememoro agora
Trazem resquícios de minh'inconstância
Somente a névoa do que foi outrora
Tardes fagueiras no pomar da casa
Ou nos verdes campos livre a correr
Hoje sou pássaro que podaram asas
Encarcerado; nostalgia do viver
Quem dera fosse transporta-me ao tempo
Da meninice sem preocupações
Rever meus sonhos tão engavetados
Limpar as teias, soltá-los ao vento
Abrir o baú das grandes ilusões
Achar o tesouro dos afortunados