RESQUÍCIOS DA INFÂNCIA

Planícies, morros de minha infância

Que com saudades rememoro agora

Trazem resquícios de minh'inconstância

Somente a névoa do que foi outrora

 

Tardes fagueiras no pomar da casa

Ou nos verdes campos livre a correr

Hoje sou pássaro que podaram asas

Encarcerado; nostalgia do viver

 

Quem dera fosse transporta-me ao tempo

Da meninice sem preocupações

Rever meus sonhos tão engavetados

 

Limpar as teias, soltá-los ao vento

Abrir o baú das grandes ilusões

Achar o tesouro dos afortunados

 

Cleusa Piovesan
Enviado por Cleusa Piovesan em 29/09/2021
Código do texto: T7353009
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