NA HORA DA SESTA
NA HORA DA SESTA
Hoje, é domingo. E a tarde está tão triste!
Há solidão e o tempo corre lento...
É só silêncio... Não vadeia o vento...
Só a saudade, no meu peito, existe.
Lembro, saudosa, os dias que se foram
Na minha infância livre e preciosa.
Eu contemplava os montes, quando doiram
As tardes quentes, exalando à rosa.
Nesta áurea tarde de recordações,
Escorrem lágrimas no coração,
Ao se escoarem doces ilusões
De um tempo lindo, que não volta mais...
Que o vento, enfim, levou sem compaixão
E o vil destino não trará jamais!
*
Maria de Jesus Araújo Carvalho
Fortaleza, 26/09/2021