MANIFESTO SOCIAL
Uns defecam cheiroso, outros, odor.
Entre humanos esta ufania impera,
porém, não sucumbe o esperado amor,
eis o princípio da mais remota era.
É odioso defecar terror
num tempo que se clama e que se espera
o beneplácito do Salvador,
lição sensível que ao universo gera.
Doutos senhores ditam regramento,
com seus discursos, extrai-se excremento.
No púlpito, escorgita-se fé vil,
com a doutrina ignóbil e servil.
Libertam-nos com a poética aberta,
erudição e chulo, na hora certa ...
PS: A partir do Poema "Merda e ouro", de Paulo Leminski:
MERDA E OURO
(Paulo Leminski)
Merda é veneno.
No entanto, não há nada
que seja mais bonito
que uma bela cagada.
Cagam ricos, cagam padres,
cagam reis e cagam fadas.
Não há merda que se compare
à bosta da pessoa amada.
Seguiu uma Trova de minha lavra:
Não há quem caga cheiroso,
que se compare na merda.
Melhor coração bondoso,
numa vida muito lerda.
Depois da bronca em Grupo da UBT, foi, de forma mais erudita, preferido Soneto acima, que vai de encontro às realidades sociais em todos os segmentos e muito atual o poema, embora expressões ditas chulas foram usadas pelo poeta reverberado.