Sonetos
São belas esculturas no papel
de alguém que se diverte com as palavras,
que as molda e as colore sem pincel...
que brinca com a língua, trava e destrava!
Qual a graça de esculpir um soneto,
contando sílabas, caçando rimas,
encaixando quartetos e tercetos
buscando perfeição na obra-prima?
Ora, ora, caro amigo leitor!
A graça é justamente a brincadeira
de dar às palavras ritmo e cor
saindo da prosa tão corriqueira
e entrando num mundo cheio de amor,
com palavras dançantes e faceiras!