BANDEIRA BRANCA

 

E dando o trâmite por findo
(Apenas pra lembrar Vinícius)
Hei de sofrer os vis suplícios
Da morte lenta que vem vindo!

Já sinto a veia diluindo
O sangue amargo dos maurícios
Que ignoram os armistícios...
... Há um letreiro: "Seja bem-Vindo

À primavera má de Praga!"
Aceito que venha a adaga,
Declino, pois, amargurado,

A recitar um verso fétido:
Sou parasita, poeta pérfido
Que desistiu, morreu calado!


Melgaço, Pará, Brasil, 21 de julho de 2012.
Composto por Léo Frederico de Las Vegas. 
◄ Soneto Anterior | Próximo Soneto ►


Sonetilho.