Torrente de mágoas

Por longo período, mudo sofria

Os males cortantes desta jornada.

Por medo, pudor, comigo, escondia

A dor que reinava aguda e pesada.

Tentando esquecer as pedras da estrada,

Meu rosto impassível sempre trazia!

Mas, hoje, mudei e, a troco de nada,

Comportas abri, à minha poesia!

Meu verso, em torrente, grito de guerra!

Sem tréguas, no azul, valente descerra

Bandeira de luta, em sangue tecida.

Rompendo o temor, calado, não mais!

Exponho, de vez, a todos, meus ais!

Bem claro, em cartaz, as mágoas da vida!

Fernando Antônio Belino
Enviado por Fernando Antônio Belino em 17/09/2021
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