Sono e poesia
A noite é calma – as estrelas cintilando
Parecem adorar religiosamente
À Lua cheia, que ressona indolente,
Raios de faiscante prata derramando.
Sinto minha musa lentamente chegando;
Feito um espectro surge silenciosamente
E deita-se comigo insinuadoramente,
Em meus ouvidos um poema sussurrando…
Com meu travesseiro golpeio-a, zangado,
E expulso-a pela janela a gritar:
“Não vês que durmo e não quero ser perturbado?
Por ti passei a manhã toda a labutar,
E agora à noite queres deixar-me acordado?
Até mesmo eu mereço poder descansar!”