Minha solidão
Inerte neste mundo, ando perdido,
Procuro a alma gêmea na estrada.
No peito corre um sangue dolorido,
E ando acompanhado sem amada.
Recito meu soneto, esbaforido!
Com minha solidão, morro na prada.
Lembrando os meus sonhos esquecidos;
Eu durmo novamente e só, sem nada.
E assim a vida morre, e tudo passa,
Sofrendo no infortúnio da chalaça,
Vivo aqui parado, é tudo em vão.
Ó meu Deus, me livre da desgraça!
E tire o amargo fel da minha taça,
Bem antes que eu morra de paixão.