Soneto da Saudade
Um belo costume eu tenho
De ir no cemitério visitar
Os parentes falecidos, e venho
A todos essa história contar.
Vou ao túmulo e acendo vela
E de pé eu começo a oração
Oh meu Deus, quem me dera
Matar a saudade do coração
Saudade que nunca sai
Só quem perdeu sabe o que dói
Para um rosto amado não mais olhar.
Sentimento que se vai.
Mas fica o que se constrói
A esperança de talvez se reencontrar.