Setembro (no cerrado)

Do pôr do sol neste horizonte rubente

Eu perco-me, é tarde cálida no cerrado

O pensamento ao vento e tão passado

Numa contemplação remota e ausente

A sensação se encole, e o vazio espora

Ergue ao longe uma solidão perturbada

E da saudade se ouve uma voz chorada

Sussurrando ao ouvido agrura que cora

Num segundo o céu tornou-se agreste

E as minhas sofreguidões tão sozinhas

Se espalhando por todo canto celeste

Setembro. Sua rima nas prosas minhas

É! ... falam de amor, como se me deste

De novo a flor, que pro amor avinhas...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

2021, setembro, 11, 18’27” – Araguari, MG

Vídeo poético no Canal do YouTube:

https://youtu.be/2TAW1uOFQZk

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 12/09/2021
Reeditado em 01/09/2023
Código do texto: T7340363
Classificação de conteúdo: seguro