INSENSATEZ...
Falácia é a tua explosão incontida,
Em prol da falência das ternuras,
Como se pudessem viver escondidas,
E no canto do olhar nenhuma candura.
Se foram nas lágrimas e na espinha,
No frio, no calafrio e noutras agruras,
Do coração que não mais me tinha...
Nenhum sabor ou mesmo doçura.
Onde se é cego e o tato não se apura?
Onde se dar as mãos e não se segura?
E mesmo nessa escuridão se caminha.
Talvez fora, quem sabe, loucura,
Travestida de amor ou de cura,
Com a sensatez de mera rinha.