MEU TEMPO
Mauro Pereira
Quero do tempo, só o necessário,
Pra não querer voltar em outro dia
E vasculhar meu velho relicário,
Buscando um "não-sei-que" que lá existia.
Se eu fraquejar em meu itinerário
E não volver a prumo novamente,
Que seja meu espírito, o emissário
Do pó desse meu tempo, a ir em frente.
Nunca meu tempo foi pra mim, ruim!
Dei de meu tempo a tanta coisa e gente,
Que tempo, agora, não há mais pra mim.
Nao sei em quanto tempo as potestades
Vão permitir-me um tempo novamente,
E eu começar de novo a eternidade.
Pra não querer voltar em outro dia
E vasculhar meu velho relicário,
Buscando um "não-sei-que" que lá existia.
Se eu fraquejar em meu itinerário
E não volver a prumo novamente,
Que seja meu espírito, o emissário
Do pó desse meu tempo, a ir em frente.
Nunca meu tempo foi pra mim, ruim!
Dei de meu tempo a tanta coisa e gente,
Que tempo, agora, não há mais pra mim.
Nao sei em quanto tempo as potestades
Vão permitir-me um tempo novamente,
E eu começar de novo a eternidade.
Brasília, 01/09/2021