O POETA CHOROU

“Rios de sangue”, inimizades!
Num “mar” de horror.
“Cachoeiras límpidas”, bondades!
Num “mar” de amor.

Direitos violados,
Multidão faminta;
Brados podados,
Felicidade extinta.

Perdeu-se o direito de sorrir,
Foi-se a liberdade de viver,
Fila de espera para morrer.

Só a poesia pode ser bela, n’este “feio”!
Salvam-se os poetas neste meio,
Nosso grito de basta! Um “freio”.
                                                     Ênio Azevedo



 
Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 10/09/2021
Reeditado em 10/09/2021
Código do texto: T7339118
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