Ruína
“Vanitas vanitatum et omnia vanitas.”
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É o grande fim de todo ser humano
Deitar em meio à vala apodrecida...
E àquele que se sente soberano
Só resta a Egrégia face carcomida.
Embora a majestade seja o plano,
Não passa de carcaça endurecida...
É prólogo indelével de um engano
Que traz a solidão como ferida.
E agora nas lembranças mortuárias
Repousam as discórdias temerárias,
Enchendo a pele toda de suturas!
Com este inútil cetro, o seu declínio
Desponta nas montanhas do fascínio,
Num lúgubre caminho de ossaturas.
OBS: Inspirado no soneto "Nunca Serão" do amigo poeta Hélio J. Silva.