Para Safo
Uma calça réproba de pêndula zorra
Camisa de veneno mantém a arara,
Em lugar de unhas espinhos de avara
Penacho tingido e boca na gangorra.
Furado o umbigo, temente na porra
O pai um trágico atrevido evitara
Porém a Mãe envolvida aplicara
No sangue de Eva que não corra.
Algarves sem ensejo, bruto na proa
Sem lei só a do prazer da poetisa Safo
De Circe a devoradora do desabafo.
Na nau das sacanagens que tanto voa
Nada de Adão nesta cama que enjoa
Das fidalgas Mensalinas e seu bafo.
DR FLYNN