Para Safo

Uma calça réproba de pêndula zorra

Camisa de veneno mantém a arara,

Em lugar de unhas espinhos de avara

Penacho tingido e boca na gangorra.

Furado o umbigo, temente na porra

O pai um trágico atrevido evitara

Porém a Mãe envolvida aplicara

No sangue de Eva que não corra.

Algarves sem ensejo, bruto na proa

Sem lei só a do prazer da poetisa Safo

De Circe a devoradora do desabafo.

Na nau das sacanagens que tanto voa

Nada de Adão nesta cama que enjoa

Das fidalgas Mensalinas e seu bafo.

DR FLYNN

Dr Flynn
Enviado por Dr Flynn em 12/11/2007
Reeditado em 12/11/2007
Código do texto: T733819