Destino
Na imensidão da alma então perdida,
Na existência esquálida sem sorte,
A primeira sem sonho desta morte
Na encruzilhada da plúmbea vida.
Na sombra da bruma lassa esquecida
No destino aziago, abatido a ver-te,
Na brutal sanha do tempo tão forte
Na lacrimosa amante a dor sentida.
Ela como uma aquarela sem cores
No terrível pranto o espanto e dores
Aquela que pranteia o que sempre plantou.
Na visão corrompida que o mal sonhou,
Alguma esposa infiel de vis pendores
E que na existência só a dor encontrou!