LÍRICA, FIGURADA E FRIA...
Tu és perigosa, radiante e linda,
Kryptonita de um super qualquer,
Uma festa de boas vindas,
E despedida nas pontas dos pés.
Fugaz no olhar que delírio fisga,
Tão fácil pesca como jereré,
Que fita, escolhe ou joga na restinga,
Aquelas presas que mais não quer.
Espalha o dolo que não cicatriza,
E ao sangue dos tolos apenas destinas,
O mero sopro que se impõe ao quente café.
Mas teu futuro pra mim sinaliza,
Que essa frieza tão somente a ti esquina,
A triste sina ilusória da cinza de rapé.