Amar o outro como a si mesmo
Não posso amar ninguém se não também
Alimentar por mim amor, respeito,
Porque o outro sou eu do mesmo jeito
Que as células que fazem ser alguém.
E não posso me amar como sujeito,
Se não consigo respeitar ninguém,
Porque estou também no outro, ele me tem
Como tem o coração o meu peito.
Mas quando amo, concomitantemente,
Eu e o outro, Deus quem se faz presente,
Porque a unidade de dois se fez.
E a unidade de dois vira um milhão,
A célula una vira um coração,
E viramos um só de uma só vez.