Se tu me amas
Se tu me queres entra bem silente,
sem despertar-me deste sono leve,
na minha pele tua marca inscreve
riscando um verso com teu beijo ardente;
e, terno e intenso, neste instante breve,
desliza sobre mim, feito serpente,
sem preocupar em ser, enfim, decente...
Oh! Sê aquele que se dar se atreve!
Se me amas mesmo sem qualquer tolice,
que vás embora, segue a argêntea lua,
e deixa-me sonhar um novo dia...
Permite que de longe eu te cobice,
e queira-te de novo, ébria e nua...
Mantém em mim, do amor, doce utopia!
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
(Bilhete, Mario Quintana)
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
(Bilhete, Mario Quintana)
Se tu me queres entra bem silente,
sem despertar-me deste sono leve,
na minha pele tua marca inscreve
riscando um verso com teu beijo ardente;
e, terno e intenso, neste instante breve,
desliza sobre mim, feito serpente,
sem preocupar em ser, enfim, decente...
Oh! Sê aquele que se dar se atreve!
Se me amas mesmo sem qualquer tolice,
que vás embora, segue a argêntea lua,
e deixa-me sonhar um novo dia...
Permite que de longe eu te cobice,
e queira-te de novo, ébria e nua...
Mantém em mim, do amor, doce utopia!