AO MESTRE, COM CARINHO
Quando enfim eu estiver contrita
No ardil silencioso de um soneto
Lembrarei de ti, pondo-me aflita,
Nos degraus de um quarteto.
Hei de errar bem mais que pode
Qualquer aprendiz de nobres rimas
No labor do conteúdo que eclode
A legítima arte das obras-primas.
Mestre Poeta, grande sonetista,
Tua saga nos quatorze versos
São acertos que tua alma dista
De erros tracejados ou equilibristas,
E nem ceifam minúcias no reverso
Das tuas lavras poéticas, artísticas.