Petrarquizando

Ardente coração que no amar cita

Os versos de Petrarca a Laura linda

Na muita crença na beleza infinda

Na íris ardente o amar que me agita.

Sofrer silente a tortura desdita

No doce afã o amar tépido que finda

Doce brandura na loucura infinda

No brilho da aurora pura permita.

Nadar no mar taciturno da insônia

Mundo triste como Petrarca e Laura

Exausto e cego, um Édipo em agonia.

No amar de contentamentos efêmeros

Abraço a sombra de minha acre aura

Passam os anos, os meses em números.

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 22/08/2021
Reeditado em 22/08/2021
Código do texto: T7326446
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