Prometeu Moderno
Eu temo que foi morta a poesia!
A humanidade a máquina venceu.
Morreu o homem, sim, ele morreu
Pelas mãos vingadoras da sua cria.
Imagem e semelhança, igual Deus,
Dotou sua criação de autonomia,
Até que veio o inevitável dia
Que a máquina virou de nós ateu.
Criando as próprias leis e movimentos
E suprindos seus próprios alimentos,
A criação crucificou o criador.
Porém a arte não lhe foi herdada!
A virtude de criar não leva à nada
Se não é acompanhada de amor.