A OUTROS E UNS
Recolhido no seu próprio eu e nem tanto,
O poeta disserta! E canta, dança, pula
E vagueia só, acerca-se de muitos e se anula,
E conversa com todos em riso ou pranto!
“Devora” as palavras com tamanha gula,
Adormece e se acorda em espanto,
“Vomita” seus versos, esse dom santo;
“Aprisionado” em seu próprio eu, sua “jaula”.
Finge que sabe de tudo da vida no mundo,
Escreve a fundo, acerca de tudo,
Sempre sapiente cuidadoso e profundo!
Sonha e voa sorri e chora, mas, sobretudo,
Faz de sua arte, um “terreno” fecundo,
E “adorna” seu leitor, com fino "veludo".
Ênio Azevedo
Recolhido no seu próprio eu e nem tanto,
O poeta disserta! E canta, dança, pula
E vagueia só, acerca-se de muitos e se anula,
E conversa com todos em riso ou pranto!
“Devora” as palavras com tamanha gula,
Adormece e se acorda em espanto,
“Vomita” seus versos, esse dom santo;
“Aprisionado” em seu próprio eu, sua “jaula”.
Finge que sabe de tudo da vida no mundo,
Escreve a fundo, acerca de tudo,
Sempre sapiente cuidadoso e profundo!
Sonha e voa sorri e chora, mas, sobretudo,
Faz de sua arte, um “terreno” fecundo,
E “adorna” seu leitor, com fino "veludo".
Ênio Azevedo