FRONTEIRA DA MORTE
autor: j.r.filho.
Imenso corredor, abobadado,
Brilhante, feito luzes no alabastro,
Por onde já passara Inês de Castro
Partindo deste plano, no passado.
No fim do túnel, todo iluminado,
O etéreo espaço não deixava rastro,
Nem mesmo do profeta Zoroastro
O criador do deus unificado.
Sem vento, sem pegada e sem areia,
Agora levitando sobre a teia
Da trama, então, urdida pra o mortal...
Decido retornar... Confesso, creia!
Viver na Terra, mesmo na cadeia,
É bem melhor que entrar no vão portal.
Amélia Rodrigues-Ba. 11/08/2021.