Caixa de Pandora
Querendo acreditar na injustiça,
O tolo à razão sagrada ignora.
Acredita na mentira de outrora
Que enganar é a vontade da cobiça
E ele, assim, abre a Caixa de Pandora
Pra validar o egoísmo e a preguiça.
Acredita por querer, se enfeitiça,
Perpetuando o mal de antes no agora.
Mas não vê o tolo injusto que a maldade
Atuante gera reciprocidade,
Que a magia contra o feiticeiro vira;
Que os males da tal caixa que ele abriu
Atingiram-no primeiro e não sentiu
Porque vendeu a razão pr'uma mentira.