Polaridade
Joana está perdida (Deus lhe acuda!)
sem rumo, entre o proveito e o prejuízo.
Nem bem fechou os lábios do sorriso,
franziu a testa e os olhos, ficou muda...
Daí caiu no pranto... foi preciso,
que a dor se fez um tanto mais aguda.
No instante após, o céu jurou-lhe ajuda,
ela sorriu da luz, do azul, do aviso.
Ama viver, desmente, pede a morte;
reclama o azar que tem, diz que tem sorte...
pequeno mundo é seu caminho largo.
Pior ainda é tal contradição:
o doce amor que trouxe ao coração,
nem despejou-se bem, já corre amargo.