Polaridade

Joana está perdida (Deus lhe acuda!)

sem rumo, entre o proveito e o prejuízo.

Nem bem fechou os lábios do sorriso,

franziu a testa e os olhos, ficou muda...

Daí caiu no pranto... foi preciso,

que a dor se fez um tanto mais aguda.

No instante após, o céu jurou-lhe ajuda,

ela sorriu da luz, do azul, do aviso.

Ama viver, desmente, pede a morte;

reclama o azar que tem, diz que tem sorte...

pequeno mundo é seu caminho largo.

Pior ainda é tal contradição:

o doce amor que trouxe ao coração,

nem despejou-se bem, já corre amargo.

Alex Olliveira
Enviado por Alex Olliveira em 16/08/2021
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