À PROCURA
À PROCURA
Eu vivo em busca de um soneto raro;
Algo que toque o coração da musa;
E tão tocante, que ela, sem recusa
Caia em meus braços, desejando amparo.
Mas com problemas, sempre me deparo;
Faltam palavras, e a razão, confusa
Jamais consegue, pois parece oclusa...
E de escrevê-lo, novamente, eu paro.
Mas eu insisto, e essa luta, encaro!
E qual Perseu, enfrento essa Medusa!
Pois ser poeta, é também ser guerreiro!
E essa palavra, de poder, profusa,
Há de surgir, do meio do palheiro,
E esse soneto há de nascer, bem claro!
H. Siqueira - 2021