Quimera
Eu vejo o ocaso com singular desejo
Anseio de chegada complacente
A taça de vinho á mesa é o ensejo
Dos escritos teus que leio docemente
Loucura, coração poeta, errante
Que se vê tão á mercê deste teu verso
Agora a inspiração, não como antes
Na rima pede o teu nome, eu confesso
Mas muito além do tempo e do espaço
Alheio a todo esse impedimento
Um sonho de quimera é o que seria
Afinal, já não importa o que faço
O que resta é apenas um lamento
De não tocar teu coração com poesia