ALVOROÇO

Rouba, sim, meu sossego, ó alvoroço, eles todos

O que acaso fiz eu, nos desencontros de outrora

Sonhos sonhados, ideados, nenhum, só engodos

Amor suspirado do meu coração não tenho agora

O amor que amei, meu romantismo me tomaste

E por sentir e viver o roubo não posso culpar-te

E de amor eu permaneço. Qual amor me baste?

Se qualquer não me basta, e me deixaste à parte

E para ter o perdão como eu posso ser gentil?

Se meu coração tremulo chora com tal frieza

Que nem mesmo o meu afeto sabe ser sutil

Nesta aflição, dos enganos, meu amor é presa

Verdadeiros amadores, ao amor não trapaceia

Nesta ilusão minha alma de poética está cheia

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

16/08/2021, 18’58” - Araguari, MG

Shakespeareando

Vídeo poético no Canal do YouTube:

https://youtu.be/gc6j-2h1HD8

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 16/08/2021
Reeditado em 05/09/2021
Código do texto: T7322220
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