CALOR

Já são meados do mês de agosto,

Nas árvores ressequidas canta a estridente cigarra,

O sol escaldante queima o nosso rosto,

Qual lava incandescente que ao torrão agarra.

Nuvens brancas ralas pelo céu de anil

Deslizam lentas sem destino certo,

Nada de chuva, sertão do Brasil,

Até parece clima de deserto.

Um vento brando tenta amainar

Esse calor terrível de rachar o chão,

Mas hoje tudo está parado qual inerte rochedo.

A vida é bela, breve, e apesar

Da seca inclemente deste meu sertão,

Vale a pena aqui viver, sem temor, sem medo!

Edimar Luz
Enviado por Edimar Luz em 13/08/2021
Reeditado em 13/08/2021
Código do texto: T7320051
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