MEU SUSTENTO
Divago noite afora no infinito
traçado pelo verso e se desnuda
um peito enclausurado em dor aguda,
escravo incorrigível de um conflito.
Do sonho acalentado necessito
perante a escuridade carrancuda,
embora o resplendor intenso iluda
os lânguidos olhares de um aflito.
A intrepidez dos loucos, meu sustento
nas sendas deslumbrantes que atravesso,
conforta o lacerado sentimento.
Pareço até feliz porque confesso
apenas devaneios quando tento
imaginar, querida, teu regresso.