FIEL AMIGO
Não rasgo minhas vestes, mas meu peito,
E eu aceito, se embora a ti me entregue,
O peso que eu carregue, eu leve até o leito,
E o valor do direito, não houver quem regue.
Se o peso da cruz for à lembrança que eu carregue
Sorrirei na via-crúcis com firmeza e com jeito
Porque assim foi eleito que o meu destino pregue
Mesmo que todo o meu gesto, seja por ti, desfeito.
Minha sina é estender-te as mãos
Não importa se reconhecido seja,
O que o coração almeja: são bênçãos.
E mesmo que teu coração não veja
Continuarei plantando esses “grãos”
E sarando os “vãos” que o céu almeja.
Ênio Azevedo
Não rasgo minhas vestes, mas meu peito,
E eu aceito, se embora a ti me entregue,
O peso que eu carregue, eu leve até o leito,
E o valor do direito, não houver quem regue.
Se o peso da cruz for à lembrança que eu carregue
Sorrirei na via-crúcis com firmeza e com jeito
Porque assim foi eleito que o meu destino pregue
Mesmo que todo o meu gesto, seja por ti, desfeito.
Minha sina é estender-te as mãos
Não importa se reconhecido seja,
O que o coração almeja: são bênçãos.
E mesmo que teu coração não veja
Continuarei plantando esses “grãos”
E sarando os “vãos” que o céu almeja.
Ênio Azevedo