Antes do cantar do galo
Se há alegria na vida, nos privamos
De religioso qualquer cotidiano;
Rejeitamos o sagrado e o profano
Pra viver conforme nós almejamos.
Mas, se o destino cruel nos frustra o plano,
O reflexo trazendo onde nós estamos,
Da amargura de ser nos apossamos.
Miramos nosso olhar pro Soberano.
Somos Pedros todos cheios de vaidades,
Aprisionados a vã realidade
Só porque favorável nos parece,
Negando Cristo, não três, mas centenas;
Cuspindo a Cruz de forma serena
Pra arrependermos em sigilosa prece.